7 a 9 de Setembro - Galpão Cine Horto
Um
espetáculo contagiante! Embalados pela trilha sonora executada ao vivo por
músicos convidados e pelos atores que cantam e se arriscam em alguns
instrumentos, como espectador temos vontade de cantar e dançar juntos. É bom
identificar tecnicamente o trabalho de preparação musical e coreográfico do
elenco e ao mesmo tempo se perceber participante da cena. Sussurramos as letras
não originais e até somos levados pelas músicas criadas especialmente para a
produção do Grupo Oriundo.
O
texto de Antônio Hidelbrando, que também dirige a peça, lança mão de recursos
épicos, advindos de longa pesquisa do diretor, para falar da difícil vida de
artista. O tema parece estar na pauta de vários espetáculos dos últimos anos,
entre eles Os Bem Intencionados, do Lume Teatro de Campinas, que estreou este ano com direção e
dramaturgia da mineira Grace Passô. Parênteses: a peça do Lume é
especial por trazer à cena um grupo de atores e pesquisadores com trabalho de
27 anos juntos. A entrega, o risco, a técnica dos atores, aliado a dramaturgia
e direção segura de Grace, faz da peça uma das melhores do ano.
Diferencial
de Cabaré Vagabundo é a clara referência ao Teatro de
Revista. Espalhafato, musicalidade e irreverência são os ingredientes que o
diretor lança mão na captura do público. O elenco é bom e demonstra prazer e
brilho nos olhos. Os destaques ficam para Helaine de Freitas e sua composição
da mocinha do interior, Tatá Santana e seu personagem inseguro com traços de
Ney Matogrosso, Izabela Arvelos por sua força e presença cênica, e Raysner d’ Paula que
alcança contornos de narrador cinematográfico no terço final da apresentação.
O
cenário é simples e funcional, bem utilizado sempre que requisitado. O Figurino
escorrega um pouco na coerência,
sendo ora realista ora não, ora luxoso ora não, parece ter tido
dificuldade para acompanhar as peripécias do texto, se perdendo um pouco na
falta de unidade. A iluminação é um pouco dura, e no geral também não acompanha
a força, espalhafato e potência
do espetáculo.
Na verdade, não é FERNANDO HILDEBRANDO, e sim Antônio.
ResponderExcluirQue ótimo este novo espaço!
Vida longa
Obrigado, Raysner! Vamos corrigir!
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